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O que é o dízimo no Novo Testamento?
O dízimo, uma prática de doação de 10% dos rendimentos, é um conceito que permeia a Bíblia, incluindo o Novo Testamento. Embora a prática do dízimo seja mais frequentemente associada ao Antigo Testamento, onde era uma exigência da Lei, o Novo Testamento apresenta uma abordagem mais centrada na generosidade e na disposição do coração. Em vez de uma obrigação, o dízimo é visto como uma expressão de gratidão e reconhecimento da provisão divina.
Referências ao dízimo no Novo Testamento
No Novo Testamento, as referências diretas ao dízimo são escassas. Jesus menciona o dízimo em Mateus 23:23, onde critica os fariseus por se concentrarem nas regras externas enquanto negligenciam a justiça, a misericórdia e a fé. Essa passagem sugere que, embora o dízimo seja importante, ele não deve ser a única preocupação do crente, enfatizando a necessidade de um coração correto diante de Deus.
A prática do dízimo na Igreja Primitiva
A Igreja Primitiva não estabeleceu uma regra rígida sobre o dízimo, mas incentivou a generosidade entre os crentes. Em Atos 2:44-45, vemos que os primeiros cristãos compartilhavam tudo o que tinham, demonstrando um espírito de comunhão e apoio mútuo. Essa prática reflete uma compreensão mais profunda do que significa dar, indo além da mera porcentagem e focando na disposição de ajudar os necessitados.
O dízimo como um ato de adoração
O dízimo no Novo Testamento é frequentemente interpretado como um ato de adoração. Em 2 Coríntios 9:7, Paulo ensina que cada um deve dar conforme propôs em seu coração, não com tristeza ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. Essa passagem destaca que a motivação por trás da doação é mais importante do que a quantia em si, enfatizando a atitude do doador.
A relação entre dízimo e generosidade
Embora o dízimo seja uma prática reconhecida, o Novo Testamento enfatiza a generosidade como um princípio fundamental. Em Lucas 6:38, Jesus ensina que “a medida que usardes também vos medirão”. Isso sugere que a generosidade deve ser uma característica marcante da vida cristã, e que o ato de dar deve ser visto como uma oportunidade de refletir o amor de Deus aos outros.
O dízimo e a responsabilidade social
O Novo Testamento também aborda a responsabilidade social dos crentes. Em Gálatas 6:10, Paulo exorta os cristãos a fazerem o bem a todos, especialmente aos da família da fé. Essa chamada à ação implica que o dízimo e outras formas de doação devem ser direcionadas não apenas para a manutenção da igreja, mas também para o auxílio aos necessitados e à promoção da justiça social.
O dízimo e a bênção divina
Embora o Novo Testamento não prometa bênçãos materiais em troca do dízimo, há uma ênfase na generosidade como um meio de experimentar a provisão de Deus. Em Filipenses 4:19, Paulo afirma que Deus suprirá todas as necessidades dos crentes. Essa promessa encoraja os cristãos a confiar em Deus como seu provedor, independentemente de suas circunstâncias financeiras.
A diferença entre dízimo e ofertas
É importante distinguir entre dízimo e ofertas no contexto do Novo Testamento. O dízimo é uma porcentagem fixa, enquanto as ofertas são doações voluntárias que podem variar em valor. Em 2 Coríntios 8:12, Paulo destaca que a disposição de dar é o que importa, e que a quantidade deve ser proporcional à capacidade de cada um. Isso reflete a liberdade que os crentes têm para contribuir de acordo com suas circunstâncias.
A importância da intenção no ato de dar
O Novo Testamento ensina que a intenção por trás do ato de dar é fundamental. Em 1 Coríntios 13:3, Paulo afirma que mesmo que alguém dê tudo o que possui, se não tiver amor, nada disso vale. Essa ênfase na intenção ressalta que o dízimo, assim como qualquer ato de generosidade, deve ser motivado pelo amor e pela compaixão, refletindo o caráter de Cristo.
Conclusão sobre o dízimo no Novo Testamento
Embora o dízimo não seja uma exigência no Novo Testamento, ele continua a ser uma prática significativa para muitos cristãos. A ênfase na generosidade, na intenção e na adoração transforma o ato de dar em uma expressão de fé e amor. Assim, o dízimo é mais do que uma obrigação; é uma oportunidade de participar da obra de Deus e de demonstrar a nossa confiança em Sua provisão.