Como é um anjo segundo a Bíblia

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Como é um anjo segundo a Bíblia?

imagem mostrando como é um anjo segundo a Bíblia

De acordo com as Escrituras, um anjo, segundo a Bíblia, é um ser espiritual com a capacidade de assumir diversas formas. Em alguns relatos, esses seres angelicais aparecem com características semelhantes às dos humanos. No entanto, devido à linguagem simbólica e misteriosa presente nas passagens bíblicas, a representação exata de sua aparência permanece inconclusiva.

A descrição bíblica de um anjo destaca-os como seres espirituais versáteis, capazes de adotar diferentes formas, por vezes semelhantes às dos humanos. Contudo, as representações na Bíblia utilizam uma linguagem simbólica e enigmática, tornando difícil uma compreensão precisa de sua aparência.

“Sobre ele estavam os serafins. Cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam.” (Isaías 6:2)

Na passagem de Isaías 6:2, menciona-se a presença dos serafins em torno de uma visão divina. Cada serafim é descrito com seis asas, sendo duas usadas para cobrir o rosto, duas para cobrir os pés e as duas restantes para o voo. Essa representação destaca a reverência e humildade desses seres angelicais diante da divindade.

Muitos de nós têm a imagem de anjos como criaturas belas com asas, frequentemente representadas como femininas ou até mesmo como seres infantis com halos e harpas, conhecidos como querubins. No entanto, é importante destacar que, segundo a Bíblia, os anjos provavelmente não se parecem com nossas imaginações, e sua aparência não corresponde às representações frequentes na mídia.

Anjos não têm as características de querubins com bochechas fofas, não se manifestam como bebês e não se alinham com a maioria das representações artísticas, especialmente aquelas da Renascença.

como são os anjos?

Então, como realmente são os anjos? Qual seria uma descrição precisa de um anjo baseada na Bíblia? E será que conseguiremos reconhecê-los quando os encontrarmos?

A resposta para essa pergunta depende inteiramente da forma que eles escolhem assumir. Anjos, enquanto seres espirituais, têm a capacidade de adotar diferentes formas. Como vemos nas Escrituras, em alguns casos, eles podem se mostrar como seres humanos, a ponto de passarem despercebidos (Hebreus 13:2).

Por outro lado, há passagens na Bíblia, como em Ezequiel 1, que descrevem os anjos de maneira bastante peculiar, usando imagens como rodas cobertas de olhos.

Em resumo, não temos uma descrição definitiva para os anjos, mas a Escritura nos mostra exemplos de como eles se manifestam.

Neste artigo, exploraremos algumas das formas biblicamente precisas que os anjos assumem e por que isso é relevante.

Qual é a aparência dos anjos segundo a Bíblia?

Vamos analisar algumas passagens para entender como os anjos são descritos, conforme registrado pelos profetas e escritores das Escrituras.

Num relato, a jumenta percebeu a presença do anjo do Senhor parado na estrada com uma espada em punho, mas Balaão não conseguiu enxergar o anjo. Isso destaca que os anjos podem ser invisíveis para nós, e quando nos deparamos com eles, costumam inspirar temor.

É crucial observar também que os anjos estão envolvidos em batalhas espirituais, e esse não é o único exemplo na Bíblia em que um anjo é retratado portando uma espada.

Outra passagem que ilustra isso é a colocação de querubins e uma espada flamejante, mencionada em Gênesis 3:24, que guardavam o caminho para a árvore da vida após a expulsão do homem do Jardim do Éden.

Ergui os olhos e vi: um homem vestido com linho, usando um cinto de ouro fino de Uphaz ao redor da cintura. Seu corpo brilhava como berilo, seu rosto emitia luz como relâmpago, seus olhos eram como tochas flamejantes, e seus braços e pernas resplandeciam como bronze polido. O som de suas palavras assemelhava-se ao tumulto de uma multidão (Daniel 10:5-6).

Embora os últimos seis capítulos do livro de Daniel geralmente gerem especulações e debates na comunidade teológica, incluindo esses versículos, se referirem a um ser angelical, fica evidente que esse ser possui uma aparência marcante em sua forma verdadeira. Eles parecem brilhar como pedras preciosas ou bronze.

E, é claro, a descrição mais peculiar: Todo o corpo deles, incluindo costas, mãos e asas, estava coberto de olhos por todos os lados, assim como suas quatro rodas (Ezequiel 10:12).

No livro de Ezequiel, encontramos uma descrição dos “ofanins”. A palavra “ofanins” é o plural de “ofã” (também escrito como “ofan”, “owfan” e “ophinnin”), que se refere a rodas. Embora a Bíblia não os identifique explicitamente como anjos, escritores apocalípticos judeus os consideram como tal, baseando-se em três características: seus olhos, que são atributos de uma criatura viva; seus poderes sobrenaturais; e sua proximidade ao trono de Deus.

A representação da “roda dentro de uma roda” provavelmente descreve rodas posicionadas em ângulos retos uma em relação à outra, permitindo movimento em qualquer direção sem a necessidade de virar. Os anéis das rodas estavam cobertos de olhos. Essas rodas acompanhavam a criatura viva, pois “o espírito da criatura viva estava nas rodas” (Ezequiel 1:21). (trecho adaptado de “Por que chamamos os anjos com olhos de roda de Ofanins?”)

Qual é a aparência do queribum, do serafim e de outros anjos?

Além dos versículos que descrevem anjos se manifestando na forma humana, podemos deduzir a partir de toda a Escritura que sua aparência é celestial e transcende as características comuns deste mundo.

Um ser que evoca temor em nós. Provavelmente, seria difícil elaborar uma descrição adequada para eles, pois as palavras humanas não são suficientes para abordar assuntos sobrenaturais.

Essa visão está longe de abranger toda a diversidade dos anjos e mal explora a natureza e aparência dos anjos caídos. Afinal, existem várias hierarquias entre os anjos. A aparência de um querubim será notavelmente distinta da de um arcanjo. Além disso, um anjo será consideravelmente diferente de um demônio.

Contudo, devido às imagens singulares apresentadas nas Escrituras sobre esses seres, não podemos ter uma compreensão precisa de sua aparência, a menos que tenhamos uma experiência direta. E algo me sugere que seria uma vivência aterrorizante.

Embora não tenhamos descrições detalhadas de todos os anjos, aqui está uma breve visão de como alguns deles são retratados.

Querubins: Essas criaturas são descritas em Ezequiel 1:15-16 como tendo quatro faces e uma estrutura de rodas ao lado de cada ser. A descrição destas rodas é de que “cintilavam como topázio, e todas as quatro eram iguais, parecendo ser feitas como uma roda interseccionando outra roda.”

Serafins: São seres angelicais com seis asas, sendo que duas delas cobrem seus olhos, pois não conseguem encarar diretamente a santidade de Deus.

Embora outros anjos, como Malachim e Ophanim, não sejam mencionados explicitamente na Bíblia, este artigo os categoriza dessa maneira. Os mensageiros, como Gabriel, são encarregados de transmitir as palavras do Senhor ao seu povo e frequentemente aparecem como homens vestidos de branco. Ophanim são os “anjos rodantes” mencionados em Ezequiel, embora haja debates se esses são, de fato, diferentes dos Querubins.

O que os anjos fazem e por que isso é importante

Por que é importante conhecer a aparência dos anjos?

Primeiramente, é crucial corrigir concepções equivocadas disseminadas pela mídia. Se acreditarmos na imagem de anjos como pequenos bebês, ficaremos surpresos ao nos depararmos com a presença real de um anjo.

Em segundo lugar, é necessário reconhecer a capacidade dos anjos de se manifestarem de maneiras diversas. Se um anjo aparecer diante de nós com rodas cheias de olhos, é provável que nossa reação seja de espanto.

Além disso, compreender o papel dos anjos em contextos espirituais é fundamental. Eles constantemente lutam em batalhas em nosso favor, muitas vezes retratados armados. Para ter uma compreensão completa dos anjos de acordo com a Bíblia, é preciso primeiro compreender o propósito deles.

Ao longo das Escrituras, percebemos que Deus utiliza os anjos como mensageiros, como exemplificado na visita do anjo Gabriel a Maria e José, conforme narrado em Lucas 1. Hebreus 1:14 nos lembra: “Não são todos os anjos espíritos ministradores enviados para servir àqueles que hão de herdar a salvação?”

Vemos também que os anjos são empregados para transmitir advertências e para executar a justiça e o juízo de Deus, como evidenciado em passagens como o Salmo 48:49 e Êxodo 33:2.

Em terceiro lugar, os anjos atuam como protetores, como testemunhamos no relato do anjo do Senhor acompanhando Israel em sua fuga do Egito, narrado em Êxodo 14, e na bênção de José em Gênesis 48:16, mencionando o “Anjo que me livrou de todo mal.”

Por fim, devemos reconhecer que os anjos são seres adoradores. Independentemente de sua impressionante aparência, sempre dirigem o louvor de volta a Deus. Em Apocalipse 5, somos apresentados a uma visão do céu com a descrição dos anjos, proclamando: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor!”

Conclusão

Em resumo, o texto proporciona uma análise aprofundada da representação dos anjos nas Escrituras, enfatizando sua capacidade única de assumir diferentes formas espirituais. A complexidade da linguagem simbólica utilizada na Bíblia ressalta a dificuldade de se obter uma compreensão definitiva da aparência dos anjos, desafiando as representações comuns veiculadas pela mídia. Desde a descrição dos serafins até as visões peculiares de Ezequiel e os ophanim, a diversidade de formas destaca a riqueza de interpretações disponíveis e a impossibilidade de uma representação visual precisa.

Além disso, o texto destaca a importância de retificar concepções errôneas e reconhecer a variedade de manifestações dos anjos. Ao explorar o propósito desses seres em contextos espirituais, como mensageiros, executores de justiça, protetores e adoradores, percebemos a relevância de compreender não apenas a aparência, mas também a função desses seres celestiais nas narrativas bíblicas. Em última análise, a compreensão dos anjos segundo a Bíblia transcende as representações artísticas convencionais, convidando-nos a uma reflexão mais profunda sobre esses elementos essenciais da teologia cristã.

Com conteúdo de christianity.com

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